sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Leitura na Praça, leitura na Rua - Parte I

Muitas novidades foram trazidas em mais um Dia de Leitura na Rua que, após um mês de descanso, por causa da Semana do Conto de História, está de volta. E apesar da atividade ter acontecido no dia 28 de agosto, muito antes já estávamos nos preparativos, nós da equipe e as crianças trabalhamos muito para que tudo desse certo.
A primeira a brincadeira foi muito desafiadora: as crianças tiveram que produzir, junto com os mediadores, um livro para presentear Dona Luiza, moradora da praça onde fazemos o dia de leitura. A senhorinha que desde a última atividade mostrou seus dotes de escritora, fez mais um texto que, Carminha Bandeira, nossa coordenadora pedagógica, trouxe para a biblioteca e nos deu a ideia de fazermos uma votação para escolhermos o nome do cachorro, que é um dos personagens da história de Dona Luiza. Bobi o nome escolhido pelas crianças foi desenhado página a página para compor o livro "Bob,  o maior do mundo" que no dia 28 foi entregue a Dona Luiza. Ficou Curioso? Leia a história que inspirou as crianças:

Bobi, o maior do mundo

Havia uma família que morava em uma cidade do interior: uma mulher e três filhos.
Eles eram muito pobres, pois o esposo tinha falecido. A mulher trabalhava muito para sustentar os filhos. Um dia eles saíram para comprar comida e quando voltaram para casa, notaram que um cachorro os acompanhava.
As crianças ficaram felizes com o novo amigo, mas mãe disse:
- “Não podemos ficar com ele, pois não temos como sustentá-lo”.
Os filhos ficaram tristes e calados. No outro dia, quando acordaram, viram o cachorro à frente da casa. Então eles combinaram sem falar para a mãe, que iam tirar todo dia um pouco da comida deles e deixar na porta para o cachorro. E assim fizeram.
Um dia a mãe saiu novamente com os filhos para fazer compras, mas deixou o mais novo em casa dormindo.
Ao voltar, quando foram se aproximando da casa, viram manchas de sangue no chão.
A mãe ficou muito assustada, pensando que o sangue fosse do seu filho. Entrou apressada e foi até o quarto, onde encontrou o filho dormindo. O cachorro estava junto da cama.
Então, um vizinho se aproximou e disse que viu um homem saindo da casa deles, se arrastando, como se tivesse machucado, mas não levava nada com ele.
Agradecida, a mãe resolveu trazer o cachorro para morar junto com eles. O cachorro passou a fazer parte da família e viveram felizes para sempre.

Iniciando a atividade na praça, depois, é claro, de todo o translado dos materiais que iriamos utilizar durante todo o dia e com os acolhimentos necessários, Dona Luiza recebeu das mãos de Fabiana, de 13 anos, uma caixa com um grande presente, o livro confeccionado pelas crianças, ela observou as gravuras que foram preparadas com muito carinho e com elogios, agradeceu. E para finalizar, ela leu seu texto para as crianças a partir do livro que ganhou. Ouvimos a mesma história contada na fala de Fabiana, as crianças ficaram atentas. Após, todos participaram da história deixando seus comentários sobre o continho e seus personagens e juntos, todos refletiram as lições que a história nos deixou como: a partilha, o acolhimento, a compreensão, a amizade e o amor. Destacamos a seguir três produções das crianças após essa atividade, os menores fizeram desenhos e o maiores exercitaram a escrita, em evidencia temos os textos de Fabiana e de Gerlayne que fez seus escritos a partir também do livro Linéia no Jardim de Monet, mediado por Carminha.




LUA, A MINHA GATA

Certo dia eu fui morar numa casa.
Na casa havia uma gata e eu me apeguei a ela.
Fui comprar a ração dela, mas ela não gostou; ficou comendo de pouquinho em pouquinho, até que aprendeu a comer a ração.
Eu me perguntei:
- Como vai ser o nome dela?
Enquanto eu pensava, olhei para o céu e vi a lua brilhando. Então eu falei:
- “O nome da minha gata vai ser Lua”.
Uma noite, estava chovendo muito e eu estava ainda acordada com a minha irmã, quando ouvimos um barulho.  Nós fomos até a janela e vimos que era Lua que estava do lado de fora. Eu abri a janela e Lua miou:
- MIAU !
Eu disse:
- “Entra!”
Lua entrou e nós fomos dormir. No dia seguinte, quando amanheceu, eu acordei e fui para a escola.  Quando voltei,  ela veio me encontrar, ficou se esfregando no meu pé, pedindo comida.
Eu dei comida a ela e quando terminou de comer, eu levei pra rua. Sem querer, eu empurrei  a minha gata e ela entrou num buraco bem estreito. Eu fiquei chorando muito e os meninos ficaram rindo da minha cara. Eu continuei chorando, até que ela, bem devagarzinho, foi saindo do buraco estreito. Eu fiquei alegre, sorrindo e chorando ao mesmo tempo e voltei pra casa com ela nos braços.
Lua continuou desaparecendo outras vezes; passava dias sem aparecer, mas de repente quando eu voltava da escola, ela aparecia de novo.
Aprendi que quando a gente se apega com uma coisa é difícil desapegar!
SEMPRE CUIDE DOS SEUS ANIMAIS!

Fabiana Francisca Oliveira de França

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OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Gleice tem quatro cinco bichinhos de estimação:
As gatas LUANA e NEGA; os gatos ZÉ e MININHO; e o cachorro SNOOPI.
Fernanda tem uma gata chamada PRINCESA;
Tatiane gosta de flores e de passear na praia, vestida de sereia.  Na praia, ela encontrou com peixe encantado.
Pantera foi passear com o seu dono e se perdeu. Ele está desesperado, miando, querendo encontrar seu amigo.
PROCURA-SE O DONO DO GATO CHAMADO PANTERA.
Joseane

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GERLAYNE NO JARDIM DE DONA LUÍZA

No dia da leitura na praça, eu conheci o Jardim de dona Luiza.
Dona Luiza sabe muitas histórias; ela escreveu a história do cachorro Bobi, o maior do mundo.
Ela tem um gato que se chama Romerito. Ela sabe fazer boneca de pano.
O jardim de dona Luiza fica na porta da casa dela. Esses são os nomes das plantas do jardim de dona Luíza:
CAFÉ
11 HORAS
BOLDO
IMBÉ
BUNINA OU BONINA
ALFAVACA
LIRIO
Gerlayne, 7 anos

Foi uma manhã super legal, onde tanto as crianças da biblioteca quanto as das praça se divertiram muito através da leitura e para terminar a primeira parte da postagem e consequentemente da manhã não podemos deixar de agradecer a Dona Luiza que está sempre de portas abertas para as pequenas crianças e para as grandes histórias.

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